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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Busscar apresenta plano de recuperação

Na segunda-feira, 9, a Justiça de Joinville, SC, começa a analisar o plano de recuperação judicial apresentado pela diretoria da Busscar. O documento detalha a situação financeira da fabricante de carroçerias de ônibus, que tem dívida estimada em R$ 700 milhões, e um cronograma de receita para os próximos anos.
A partir do início da análise pelo juiz responsável pelo processo, correrá prazo de até seis meses para a realização de assembleia de credores que poderá avalizar o plano. No entanto, a diretoria da companhia acredita que o assunto será resolvido em menos tempo.
A proposta de recuperação judicial inclui descontos que variam de 15% a 95% nos valores devidos pela empresa. O menor índice é para os trabalhadores, que têm a receber mais de R$ 110 milhões. Já o índice de 95% refere-se às dívidas com ex-sócios. No caso dos bancos, excetuando-se o BNDES, que receberia valores integrais, o desconto requerido é de 60%. A dívida seria paga em 96 meses, com 48 de carência.
No estudo feito com suporte da consultoria Deloitte, a projeção de faturamento chegaria a R$ 1,1 bilhão em 2016, com produção de 4,5 mil ônibus. Para 2012 os números seriam de R$ 335,6 milhões e 1,8 mil unidades. A empresa só teria resultado positivo a partir de 2014, na ordem de R$ 30,2 milhões, desde que reiniciasse sua produção neste janeiro.
Para retomar as atividades a empresa precisa de injeção de R$ 100 milhões, valor que seria buscado junto a investidores e outras formas de financiamento. Dentre as possibilidades está a venda da Tecnofibras, empresa do grupo voltada à produção de componentes para ônibus e caminhões em plástico reforçado com fibra de vidro.
Outra possibilidade é a inclusão da Busscar no programa de exportação de 3 mil ônibus para a Guatemala financiado pelo BNDES. Do total do contrato de R$ 400 milhões, R$ 130 milhões iriam para a empresa de Joinville. Também é possível a venda, em leilão, de um terreno avaliado em R$ 7 milhões, mas bloqueado pela Justiça em processo movido pelo Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região.

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