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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Dupla função de motoristas de ônibus ainda gera polêmica no PR

O presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Roberto Gregório da Silva Júnior, afirmou nesta segunda-feira (5) que as empresas de ônibus estão sendo fiscalizadas para que cumpram a legislação que proíbe a dupla função de motoristas de ônibus. Segundo a lei, aprovada em março de 2013, os motoristas não podem dirigir e cobrar a passagem simultaneamente.

Porém, motoristas continuam dirigindo e cobrando a passagem. A dupla função causa reclamações não só da classe, mas também dos passageiros. “Não é muito interessante porque, de certa forma, se torna perigoso. Em alguns momentos, ele começa a arrancar antes de completar o troco”, relatou o passageiro Edson Ribeiro.

“Eu não sei o que está acontecendom que já ganharam na Justiça e continua cobrando”, reclamou o motorista Vanderlei da Silva.

A prefeitura alega que os motoristas devem parar o ônibus para fazer a cobrança da passagem e, assim, cumprir a lei. O presidente da Urbs disse que a contratação de cobradores subiria o preço da tarifa.
“A nossa preocupação principal é priorizar o interesse público. Essa outra interpretação diferente da que estamos adotando seria, no nosso entendimento, nesse momento, contrário ao interesse público porque ensejaria a contratação de cerca de 500 profissionais e  adaptação dos  veículos que estão sendo utilizados, os micro-ônibus. Isso poderia arredondar em uma estimativa preliminar de R$ 0,05 na tarifa técnica”, explicou Gregório.

Na Câmara Municipal, os vereadores querem tirar a palavra “simultânea” da lei para acabar com a dupla função na cidade.  “Nós vamos propor para tirar essa palavra para que não aconteça o que está acontecendo – esse desrespeito da parte da Urbs com a população, com a classe trabalhadora, com o prefeito e com os vereadores”, afirmou o vereador Rogério Campos (PSC).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitibae Região Metropolitana (Sindimoc), Anderson Teixeira, a dificuldade dos motoristas em exercer as duas funções faz com que as viagens atrasem.

“Se demorar muito, começar a atrasar demasiadamente a viagem, provavelmente a Urbs vai terá que colocar um outro ônibus. Esse é um estudo de compensação de custo. Será que não é mais barato então colocar o cobrador do que colocar mais um ônibus?” Teixeira disse que um relatório com essas informações será entregue a Urbs nos próximos dias.

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