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quinta-feira, 26 de julho de 2012

Caminhoneiros dizem que não há local adequado para cumprir nova lei


A cada quatro acidentes, um deles envolve caminhões. Por isso, a partir do dia 15 de setembro passará a valer no país a nova legislação trabalhista para motoristas de caminhão e de ônibus. A cada quatro horas ao volante eles terão direito a intervalo com meia hora de descanso. Nesta quarta-feira (25), em vários estados, motoristas fizeram protesto contra o Governo Federal. Em Barra Bonita (SP), alguns motoristas também pararam. Já em Ourinhos, os caminhoneiros que passaram pela BR-153 foram orientados sobre a nova lei.
Até o fim do mês, o trabalho da Polícia Rodoviária Federal e do Ministério Público do Trabalho será de orientação, que regulamenta o tempo de trabalho e de descanso. A polícia vai usar as informações do tacógrafo para fazer a fiscalização. Números da polícia revelam que, só no ano passado, metade dos 192 mil acidentes nas rodovias federais envolveu caminhões: 4.404 motoristas que se envolveram em acidentes e sobreviverem disseram que dormiram ao volante. Alguns confirmaram que para vencer o cansaço tomaram remédios para tirar o sono. Para o Ministério Público do Trabalho, a nova legislação é uma vitória para a categoria.
A nova lei nem entrou em vigor e já preocupa muita gente. Na opinião dos caminhoneiros, a maioria dos postos não tem estrutura para acomodar todos durante os intervalos obrigatórios. “As rodovias nossa, além de estar em mal estado de conservação, os postos são em distâncias longas devido à concorrência. Para a gente dormir nos postos é preciso abastecer. Porque, geralmente, os guardas que fazem a manutenção não deixam a gente dormir. No acostamento a gente não pode parar porque corre o risco de ser assaltado e perder o caminhão. E o trajeto longo do jeito que a gente faz são 6 horas sem parar. E não tem condição de parar. Porque se você parar é assaltado”, disse o motorista José Aparecido Maradona.

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