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terça-feira, 29 de maio de 2012

Exportadores brasileiros sofrem com medidas protecionistas da Argentina


Os exportadores brasileiros que dependem do mercado argentino também estão sofrendo as consequências dessa crise. No Rio Grande do Sul, o movimento de cargas que deixam o país diminuiu 35% desde fevereiro, quando a nova licença de importação passou a ser exigida.
Enquanto isso, os depósitos dos exportadores brasileiros ficam abarrotados de encomendas para o país vizinho. Só nas fábricas de calçados, mais de dois milhões de pares aguardam o embarque. Problemas também para a indústria de alimentos. Em uma empresa gaúcha de produtos em conservas, já são mais de 6,5 milhões de latas de milho e ervilha empilhadas à espera de liberação para serem transportadas. O prejuízo da empresa ultrapassa R$ 5 milhões.
Mercadoria feita sob encomenda que não pode ser revendida para outros clientes. “A matéria-prima está paga, as embalagens foram pagas. E nós estamos aguardando apenas pra colocar os dólares no nosso caixa”, afirma Julio Campani, advogado da empresa.
Este ano, o Brasil deixou de vender pra argentina US$ 629 milhões em produtos. Em março e abril, a queda nas exportações foi de 21%. Uma das indústrias mais atingidas pelo embargo, a de máquinas agrícolas, houve redução de 70% nos negócios com a argentina no primeiro trimestre.
O fabricante de doces do norte gaúcho também começou o ano contando prejuízos. “Estimamos perder mais de mil toneladas este ano. Isso pode acarretar uma perda de mais de US$ 2 milhões”, afirma o diretor-presidente Dirceu Pezzin.
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