A necessidade da Ambiental é de renovação de seus trólebus para que se enquadrem no Programa Ecofrota, da Prefeitura Municipal de São Paulo. O Ecofrota, lançado em fevereiro de 2011, prevê a utilização progressiva de combustíveis renováveis na frota de ônibus do município até 2018, em respeito à Lei de Mudanças no Clima.
A outra operadora de trólebus de São Paulo, a Metra, já possui um veículo-piloto sobre o mesmo tipo de chassi rodando no corredor que gerencia, o ABD, de São Bernardo do Campo. O sistema é de responsabilidade da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU). “Também estamos negociando um lote com a Metra”, diz Wilson Pereira, gerente executivo de vendas de ônibus da Scania do Brasil.
Wilson Pereira, gerente executivo de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil, reconhece que foi um grande desafio para a companhia preparar um chassi com tração 6×2 adaptado para trólebus. “Já fizemos esse mesmo modelo de negócio nos anos 1980 justamente para o cliente que hoje tem o controle da Ambiental”, conta o gerente.
Estrutura e características
Tecnicamente, o chassi adaptado para trólebus só não é composto pelo motor e a caixa de transmissão Scania. O produto é equipado com motor elétrico da marca WEG e, por ser configurado com essa tecnologia, não necessita de caixa de marchas. A carroceria é Caio e toda a integração do chassi tradicional com o pacote elétrico é feita pela Eletra, empresa especializada nesse tipo de serviço. Essa fase de transformação é o último passo.
O chassi de 15m tem uma capacidade maior de passageiros do que o ônibus urbano convencional e garante ao cliente custo de manutenção menor em comparação ao chassi articulado. Este chassi possui um terceiro eixo direcional traseiro. O raio de giro do modelo permite a melhor eficiência em relação à capacidade de manobra, muito adequada em grandes centros urbanos como São Paulo. As rodas do eixo de apoio direcional giram em sentido contrário ao eixo dianteiro, fator que torna a vida do motorista muito mais cômoda. Além de reduzir a possibilidade de acidentes.
Seu tamanho permite uma melhor distribuição de carga e, consequentemente, uma melhor acomodação de baterias. “A Scania oferece mais uma opção na busca por alternativas de transporte sustentáveis de passageiros. Estamos investindo na mobilidade urbana e na redução de poluentes”, conclui Pereira.
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