Enquanto isso, os depósitos dos exportadores brasileiros ficam abarrotados de encomendas para o país vizinho. Só nas fábricas de calçados, mais de dois milhões de pares aguardam o embarque. Problemas também para a indústria de alimentos. Em uma empresa gaúcha de produtos em conservas, já são mais de 6,5 milhões de latas de milho e ervilha empilhadas à espera de liberação para serem transportadas. O prejuízo da empresa ultrapassa R$ 5 milhões.
Mercadoria feita sob encomenda que não pode ser revendida para outros clientes. “A matéria-prima está paga, as embalagens foram pagas. E nós estamos aguardando apenas pra colocar os dólares no nosso caixa”, afirma Julio Campani, advogado da empresa.
Este ano, o Brasil deixou de vender pra argentina US$ 629 milhões em produtos. Em março e abril, a queda nas exportações foi de 21%. Uma das indústrias mais atingidas pelo embargo, a de máquinas agrícolas, houve redução de 70% nos negócios com a argentina no primeiro trimestre.
O fabricante de doces do norte gaúcho também começou o ano contando prejuízos. “Estimamos perder mais de mil toneladas este ano. Isso pode acarretar uma perda de mais de US$ 2 milhões”, afirma o diretor-presidente Dirceu Pezzin.
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