Para atender às novas normas, os fabricantes têm investido altas cifras em ações ambientais para diminuir os impactos que seus produtos provocam no meio ambiente e mudar de vez esse rótulo.
A sueca Volvo entrou na busca para evitar o desperdício, utilizar constantemente energias renováveis e devolver água tratada ao meio-ambiente. “Há muitos anos, a companhia tem apresentado uma forte preocupação com o meio-ambiente. Todos os nossos trabalhos visam melhorias nesse segmento”, falou o gerente de vendas da Volvo do Brasil, Álvaro Menoncin.
Além dessas atitudes, consideradas básicas por especialistas, outras ações ainda precisam ser praticadas pelas montadoras. “Trocamos vários processos de produção como a solda, por exemplo, bastante agressiva ao meio-ambiente, para diminuir a emissão de gases do efeito estufa”, garante Menoncin.
De acordo com o gerente de comunicação de veículos comerciais da Mercedes-Benz, Valter Oliveira, os processos produtivos da empresa são constantemente reavaliados. “A nossa produção está mais limpa e conta com a reciclagem dos materiais”, afirma.
Produtos verdes
A adequação à sustentabilidade passa por outra exigência, que é a fabricação de produtos que agridam menos o meio-ambiente, como é o caso do motor Euro 5. “A Volvo só adaptou ao País uma tecnologia que já usava há alguns anos na Europa”, afirma Menoncin. Ele destaca que, no velho mundo, a Volvo já vendeu cerca de 250 mil veículos com essa tecnologia, que deve ser ainda mais rigorosa para os próximos anos por exigência das legislações locais de cada país.
Já a mais recente aposta da Mercedes é o chamado diesel de cana, extraído da matéria-prima do açúcar. “Somos a primeira empresa a pesquisar esse tipo específico de combustível alternativo”, afirma o gerente senior de desenvolvimento de motores do Grupo Daimler, Gilberto Leal. Ele explica que, desde a plantação da cana de açúcar até o combustível no tanque, esse diesel reduz em até 92% a emissão de CO2 comparado ao comum. “Frotas de ônibus de São Paulo e do Rio de Janeiro já estão sendo testadas com o diesel da cana, com resultados animadores”, diz.
O cenário mundial revela que o cerco está se fechando, cada vez mais, contra a indústria, considerada um dos grandes “vilões” da sustentabilidade. Mais do que preocupação, as empresas precisam mostrar resultados satisfatórios tanto para acionistas como para autoridades ambientais.
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